sábado, 31 de julho de 2010

Aula 22 - O Trabalho e o Homem - Divisão do Trabalho - Setores da economia

O Trabalho e o Homem:
Tormento - Obra de Cátia de Rodrigues

O homem trabalha para viver ou vive para trabalhar? Somos seres pensantes, individuais, exclusivos, ou apenas pecinhas na engrenagem da economia? Somos homens e mulheres com nomes e personalidades ou números do Registro Geral, estatísticas ambulantes? A educação escolar nos liberta ou nos prende? Nos ensina a fugir ou nos cobre com um véu de ilusões? Somos o que queremos ser? Somos o que podemos ser? Somos o que querem que sejamos? Somos o que podem fazer de nós? Vivemos a nossa vontade ou a mercê das novas vontades estipuladas pelo mercado? O que nosso trabalho significa para nós mesmos? Eu faço o que gosto? Por que eu faço? Do que eu gosto? Qual é o meu limite? Qual é o limite?
Se somos controlados, onde está quem nos controla? E se não somos, por que desejamos tanto e conquistamos tão pouco?

A divisão do trabalho:

Uma das conseqüências do mundo do capital é a divisão do trabalho. A incrível ramificação do trabalho no mundo atual faz com que todo o trabalho seja especializado, principalmente quando se fala do trabalho industrial, e quando falamos em industria, podemos inclusive nos referir a industria agrária. Para utilizar um exemplo próximo de nós, na industria calçadista por exemplo, qual o operário que realiza diariamente todas as etapas da produção de seu produto? Geralmente falamos do pespontador, do chanfrador, do colador, do cortador e etc...
Segundo a definição da Wikipédia, “dá-se o nome de divisão do trabalho à especialização de funções que permite a cada pessoa criar, usar e acentuar, com máxima vantagem, qualquer diferença peculiar em aptidões e recursos”.
Mas esta definição não nos informa que se nascemos em Franca devemos ter aptidão para trabalhar na indústria calçadista, ou que se nascemos no ABC paulista, devemos ter aptidão para trabalhar na indústria automobilística e assim por diante.
Faz parte da divisão do trabalho todas as ramificações do processo de produção e consumo. Desde todos os setores da busca ou produção de matéria-prima, transporte às indústrias, ramificação de atividades em sua produção, distribuição e venda.

A divisão internacional do trabalho (DIT):

Devido ao processo histórico, existem países em alto estágio de desenvolvimento industrial, e países que mal iniciaram suas produções industriais. A globalização faz com que estes países estejam em contato direto.
A divisão internacional do trabalho consiste na produção e exportação de matérias-primas ou bens de consumo por parte dos países com baixo poderio econômico e industrial e da exportação de tecnologias e produtos da industria de ponta por parte dos países com grande fluxo de capital.
A divisão internacional torna-se cada vez mais complexa devido à existência de países emergentes e países em industrialização, no entanto, suas bases permanecem as mesmas.

Os setores da economia

Assim como a produção está dividida em à partir da divisão do trabalho, a economia também o está. Podemos três setores tradicionais da economia e um quarto setor que a partir da década de 80 do século passado vêm atrelado de maneira indissociável os outros setores em si, além destes quatro setores formais da economia, falaremos também de um 5º setor, informal, e inclusive, ilegal.

1º Setor – É o setor de produção ou extração de matéria-prima, faz parte deste setor toda a agricultura, pecuária, caça, pesca, e extração mineral ou vegetal.

2º Setor – É o setor de faturamento da matéria-prima em produto industrializado. Todos os segmentos da transformação do produto bruto em produto acabado dizem respeito à este setor, faz parte deste setor toda industria pesada, industria de ponta e industria de bens de consumo.
3º Setor – É o setor da distribuição dos produtos industrializados de matéria prima. Uma feira de rua, por exemplo, diz respeito ao terceiro setor tanto quanto um shopping Center ou um vendedor ambulante.

Bovespa - Especulação gerando capital
Lógica Financeira – Setor da economia que evolve cada vez um número maior de pessoas, independe de um produto ou de uma matéria prima, é a capacidade de se criar capital à partir do próprio capital. As bolsas de valores os bancos e as agencias de financiamento fazem parte deste setor. Muitas vezes os valores negociados nestas transações não existem fisicamente, ou seja, é moeda fictícia, os valores registrados em números não existem em moeda corrente.

Pirataria - Crime ou Democracia?
5º Setor – A pirataria, que acompanha paralelamente o segundo e o terceiro setores da economia, é a produção e distribuição de materiais similares a produtos legalizados de empresas conhecidas, burlando direitos e registros, copiando logomarcas e produtos, a pirataria permite que uma parcela cada vez maior da população tenha acesso a produtos que pelo valor de mercado dificilmente seriam adquiridos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aula 21 - Os Poderes do Estado - Regimes Políticos

Os Poderes do Estado:

Um Estado é a organização que estabelece os direitos e os deveres dos cidadãos de determinado território. Os habitantes de um país sempre estão subordinados à seu Estado.
Dentro do Estado observamos três principais poderes:

Executivo – É a maior autoridade do Estado, sendo responsável por toda a burocracia Estatal. O Executivo não cria leis, nem as interpreta, mas é dever deste fornecer as condições de existência e cumprimento das leis.

Legislativo – O objetivo deste poder é elaborar as regras gerais as quais a população em sua totalidade deve se submeter.

Judiciário – O poder judiciário é o responsável por interpretar as leis. Os juízes são aqueles que decidem se houve ou não transgressão da lei por parte de um indivíduo ou grupo.

Estes três poderes aparecem representados por três grupos diferentes em sistemas como o presidencialista, no entanto, podem aparecer concentrados na figura de um único homem como é o caso da monarquia absolutista ou da ditadura.

Regimes Políticos:

Os regimes políticos são os sistemas de administração dos Países, eles podem variar muito de acordo com a cultura, a economia e a religião de cada país. Cabe ao regime político organizar a sociedade, estabelecendo leis e fornecendo estrutura e organização.
As formas de governo vigentes no mundo atualmente são as repúblicas, as monarquias e as ditaduras, sendo estas classificações gerais, podendo diferir de outros governos de mesma classificação.

República:

Uma república é um governo Estatal cujo líder máximo, ou seja, o presidente, é eleito democraticamente. Ser eleito democraticamente significa que o líder foi escolhido dentre outros por todos os cidadãos, sendo cidadãos aqueles que possuem o direito ao voto.
Uma das grandes características das repúblicas é o das instituições serem um bem comum, ou seja, a função das estruturas públicas é proporcionar o bem estar dos cidadãos. O sistema republicano pode ser dividido em:

Lula - Presidente do Brasil
Republica presidencialista: É o sistema onde o Presidente exerce o cargo de representante de Estado e ao mesmo tempo o cargo de chefe de Estado. Este presidente tem o poder de escolher todos os ministros de seu governo, além de executar plenamente o cargo executivo.

República parlamentarista: Neste sistema, o Presidente, eleito pelo povo, exerce apenas a função de representante de Estado, não sendo responsável pelo poder executivo, o poder deste resume-se a possuir o poder de dissolver o parlamento. O chefe de estado, aquele que irá realizar o poder executivo é um dos ministros escolhido entre os próprios ministros, que por sua vez são eleitos pelo povo.

Jacob Zuma - Presidente da África do Sul
República semipresidencialista: Aqui o poder Executivo fica divido entre o Chefe de Estado e o Representante de Estado.

República Unipartidarista: Neste sistema só é permitida a existência da candidatura por meio de um partido, e só existe um único partido legalizado, ou seja, apesar de ser considerada uma república o representante do poder executivo sempre é escolhido pelo partido.

Monarquia:

Akihito - rei japonês
Monarquia é qualquer sistema onde a condição para a ascensão ao poder executivo é a hereditariedade, ou seja, a única maneira de se chegar ao poder é sendo filho primogênito do antigo líder, ou, no caso do falecimento deste sem deixar um descendente, o cargo passa a seu parente mais próximo.
Uma monarquia pode funcionar de maneiras diversas:

Monarquia Absolutista: Em uma monarquia absoluta o rei controla os três poderes, neste sistema, o monarca não precisa seguir regras pré-estabelecidas podendo adequar as normas as diferentes situações.

Monarquia Parlamentarista Constitucional: Em uma monarquia parlamentarista, o rei exerce o cargo de representante de Estado, ou seja, ele é apenas a figura ilustrativa nacional, sendo o poder executivo exercido pelo primeiro-ministro, ou seja, um parlamento eleito pelo povo escolhe dentro de seus ministros o primeiro-ministro.

Ditadura
Coronel Muammar al-Gaddafi, Ditador da Líbia
Possui a alcunha de ditadura qualquer governo estabelecido com o uso da força. Ou seja, sem consentimento popular.

Ditadura Militar: O caso mais comum de ditadura é a ditadura militar, onde os líderes das forças armadas utilizam de seu poderio militar para exercer os cargos máximos do Estado.

Os Regimes Políticos no Mundo

Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime-político
Formas de governo pelo mundo em Abril de 2006:
██ Repúblicas presidencialistas totais.
██ Repúblicas presidencialistas ligadas
a um parlamento.
██ Repúblicas semipresidencialistas.
██ Repúblicas parlamentares.
██ Monarquias absolutistas.
██ Monarquias parlamentar constitucional.
██ Repúblicas unipartidárias.
██ Ditadura militar

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aula 20 - Blocos Econômicos - Complemento.

Alguns Blocos Econômicos:

CECA – Comunidade Européia do Carvão e Aço – Talvez a origem dos blocos econômicos, foi criada em 1951 na Europa como uma extração comum das jazidas de carvão e aço, com o fim de apaziguar os ânimos alterados desde a segunda guerra mundial.

UE – União Européia – Bloco Econômico europeu, hoje conta com mais de 20 países, com a perspectiva da entrada de mais países. Trata-se de um bloco econômico em estágio de União Monetária, sendo que em alguns produtos como a pesca, já utilizam de uma política comum.
Os Países Participantes são: Alemanha, Austria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Tcheca, Dinamaarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Suécia.
Contando com alguns países em negociação: Macedônia, Croácia, Turquia, Albânia.

ALCA – Área de livre comércio das Américas – É um bloco econômico ainda em negociação, se for efetivado, contará com a participação de 34 países, tornando-se assim o maior bloco econômico. Prevê a queda da barreira alfandegária de todos os produtos de maneira gradual. Devido o grande desnivelamento dos blocos econômicos a implementação deste acordo tornaria os países mais agrários grandes fazendas dos Estados Unidos, pois a entrada barata de produtos tecnológicos barraria o desenvolvimento industrial.

ALBA – Aliança Bolivariana para as Américas – Bloco com viés de esquerda, partiu de um acordo entre a Venezuela e Cuba como uma alternativa à ALCA, esta integração econômica não se restringe ao livre comércio, dentre os acordos propostos está a cooperação financeira para um mútuo desenvolvimento bem como a troca de tecnologias.
Atualmente seus membros são: Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Domínica, Equador, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.

APEC – Coperação Econômica da Ásia e do Pacífico – É uma zona preferencial de comércio entre vários países do Pacífico, surgiu devido à grande variedade de mercadorias produzidas por seus países membros, almeja a se tornar uma zona de livre comércio até 2020
Seus Membros são: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; China; Hong Kong; Indonésia; Japão; Coreia do Sul; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Peru; Filipinas; Rússia; Singapura; Taiwan; Tailândia; Estados Unidos da América; Vietnam.


MERCOSUL – Mercado Comum do Sul – É uma União Aduaneira, entre países da América do Sul, ele possuí seis países efetivos, sendo 5 em união aduaneira e 1 em zona preferencial de comércio. Os cinco são: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, sendo Israel o último membro, participante desde abril deste ano é o único país do bloco não pertencente a América do Sul.

NAFTA – Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – Bloco Econômico que visa o desenvolvimento industrial de toda América do Norte, tem apenas três países membros, Estados Unidos, Canadá e México.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Aula 20 - Mundo Globalizado - Os Blocos Econômicos

Mundo Globalizado

Foto 1 - Legenda no fim da postagem


Independente de haver um país dominante ou vários países em equilíbrio de força, hoje podemos dizer que habitamos um mundo globalizado. Avanços tecnológicos promoveram uma diminuição das fronteiras, um aumento do transito de pessoas e de mercadorias além de uma ampliação das redes de comunicação, como a internet e a tecnologia dos satélites.

 Pontos Positivos –
• Maior difusão de tecnologias benéficas, como as medicinais;
• Maior possibilidade de transito de pessoas entre os diferentes países.
• Maior transito de informações, tanto no ramo da política quanto no entretenimento, como na transmissão de esportes

Pontos Negativos –
• A submissão das culturas de países periféricos e semi-periféricos à cultura dos países centrais;
• A dependência econômica de países periféricos e semi-periféricos aos países centrais;
• A fragmentação do saber, ou, a especialização exacerbada em certas áreas da produção tecnológica.

Os Blocos Econômicos

Não há país que possa produzir todos os tipos de mercadoria, os países exportadores são também países importadores. Esta relação de importação/exportação cria a interdependência dos países. A interdependência somada à possibilidade de fortalecimento econômico faz com que muitas vezes os países se unam em grupos de confiança chamados “blocos econômicos”.
Como uma amizade, um bloco econômico começa frágil, distante, e vai seus vínculos vão se estreitando vagarosamente conforme a confiança entre os envolvidos aumenta. Estes diferentes graus de confiança são definidos por diferentes estágios dos blocos econômicos.
Estes estágios são:

• Zona Preferencial de comércio: Neste primeiro estágio é estabelecido o comércio de alguns produtos estabelecidos sem que haja a cobrança das tarifas alfandegárias

• Área de livre comércio: Neste estágio os países participantes eliminam toda ou quase toda tarifa alfandegária, o que torna possível um livre comércio de mercadorias, o que fortalecerá a economia dos países participantes

• União aduaneira: Em uma união aduaneira, além de existir o livre transito de mercadoria entre os países membros, as tarifas alfandegárias para a importação de produtos dos países não membros é unificada.

• Mercado Comum: Permite além do livre transito de mercadorias também o livre transito de pessoas.

• União econômica e monetária: Neste estágio, a moeda em circulação nos países membros torna-se única.

• Integração econômica total: Estágio de maior confiança nas relações econômicas, as decisões econômicas deixam de ser tomadas individualmente por cada país para serem estipuladas por uma cúpula contendo representantes de cada país membro do bloco. 

Foto 1 - Evento Cosplay - Pessoas fantasiadas como seus personagens favoritos, no caso, o desenho japonês Dragon Ball

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aula 19 - A nova ordem mundial – Multipolar ou Hegemonia?

A divisão do mundo bipolar

Enquanto durou a guerra fria o mundo era interpretado pelos sociólogos como dividido em três grandes grupos.
1º mundo – Era o grupo dos países onde o capitalismo havia sido aplicado com sucesso, entre eles podemos citar países como os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e França.
2º mundo – Era o grupo dos países onde havia a tentativa de nivelamento econômico, ou seja, o grupo dos países ditos socialistas. Entre eles podemos citar a URSS, Cuba, China e Zaire.
3º mundo – Era o grupo dos países que não adotaram o socialismo, no entanto, o capitalismo ainda não havia sido aplicado com sucesso, em outras palavras, países considerados capitalistas pobres.

A nova ordem mundial

Após a derrocada da URSS considerou-se a guerra ideológica ganha pelo capitalismo, enfim, o capitalismo triunfara. Isto não significa que a partir deste momento não encontraremos mais países de economia puramente socialista. Coréia do Norte e Cuba, por exemplo, ainda seguem este sistema. Outros países como a China, manteve o título de república socialista, no entanto, realizou mudanças gradativas em sua economia, e hoje realiza um sistema conhecido como “socialista de mercado”, a grosso modo isso quer dizer que o país possui uma postura capitalista nas relações internacionais e uma postura socialista nas comunidades nacionais.
O socialismo não representa mais uma ameaça, não há mais sentido a rivalidade dos sistemas e expressões como 1º, 2º e 3º mundo deixam de possuir sentido. As divisões do mundo deixam de ser sociais e passam a ser econômicas. A divisão mais comum passa a ser:

Países Centrais – São aqueles países com altos indicativos de qualidade de vida, que apresentam altos índices de crescimento econômico e possuem tradição na segurança para investimentos. Em outras palavras, são praticamente os mesmos países do antigo 1º mundo.

Países Semi-Periféricos – São países que não se enquadram na caracterização dos Países Centrais apesar de apresentaram melhoras econômicas graduais. Eles são subdivididos em outros dois grupos.
• Países Emergentes – São os países semi-periféricos que vêm apresentando crescimento em seus índices econômicos e sociais e que visam disputar, no futuro, posições entre os países centrais. O Brasil e a Rússia podem ser enquadrados como países emergentes.
• Países em Desenvolvimento – São os países semi-periféricos que apresentam crescimentos econômicos apenas, como os novos tigres asiáticos. Estes países apesar demonstrar altos índices de crescimento econômico, de se tornarem grandes exportadores, apresentam este crescimento através de frouxas normas trabalhistas e baixa qualidade de vida de seus habitantes.

Países Periféricos – São os países que apresentam baixos índices sociais e econômicos e que também não apresentam mudanças anuais significativas

Nova ordem mundial - Hegemonia ou Multipolaridade???

Esta questão é uma questão de poder. O mundo atual é um mundo dominado pela força econômica e bélica de um único país, os Estados Unidos, ou o mundo atual têm o poder dividido entre várias potências equilibradas como os Estados Unidos, a França, a Alemanha e a Inglaterra?
Esta é atualmente uma questão de resposta pessoal, não há consenso, e por isso, as duas respostas são consideradas certas. Por este motivo, analisemos as duas perspectivas:

O mundo hegemônico – é o mundo sob a tutela dos Estados Unidos, seu poder econômico e militar, quando se acredita nesta teoria, diz-se acreditar em uma hegemonia norte-americana.
Esta teoria explicaria a repercussão mundial das crises econômicas estado-unidenses, explicaria também a impunidade oferecida aos Estados Unidos quando este país realiza ataques como a ocupação do Iraque que já dura sete anos.

O mundo multipolar – é o mundo sob a tutela do poder econômico, divido entre vários países, sendo assim, novos países tem a chance de prosperar.
Esta teoria valida a existência de grupos como o G8, grupo dos 8 países mais industrializados do mundo, e inclusive mostra que existe a chance de crescimento, já que o grupo, originalmente G7 tornou-se G8 com a entrada da Rússia em 1998.

PS- Eu sei que faltam algumas imagens e tal... me desculpem... Salam.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aula 18 - A Guerra Fria

Os conflitos da guerra fria

Poderiam coexistir Socialismo e Capitalismo no mesmo planeta? Uma ideologia estava constantemente ameaçando a existência da outra, a ameaça leva ao medo e o medo leva o mundo à crise.

Corrida Armamentista - Nem EUA nem URSS dispunham-se a atacar um ao outro, mas estavam constantemente sob tensão, pensando se poderiam ou não ser atacados. Os dois países adotaram medidas diferentes. A URSS fechou-se em si e iniciou a produção e o desenvolvimento de diversos armamentos.
Os EUA adotaram outra postura, soltava dados estratosféricos de produção armamentista, e ninguém sabia ao certo quais dados eram corretos, ou ao menos se algum dado era correto. Ninguém sabia ao certo a força bélica destes países.
Tanto os EUA quando a URSS possuíam armas atômicas. Para lembrar do poder de uma arma atômica, lembre da crueldade cometida pelos EUA ao Japão, mesmo após a rendição deste primeiro, com as bombas que massacraram milhares de civis.

A conquista do Espaço – Uma forma encontrada por ambas potências, EUA e URSS para mostrar ao mundo que sua forma de viver era a mais produtiva, foi a tentativa de conquista do espaço. Já que o poder destrutivo de ambos os países os impedia de entrar em combate, decidiram combater nos campos científicos. A conquista do espaço resultou na tecnologia de satélites utilizada hoje, resultou também na capacidade de mandar homens ao espaço. E até hoje não se sabe se os americanos chegaram de fato à lua.

Espionagem e Comunicação – Uma forma de, ao mesmo tempo, proteger as informações e descobrir informações do inimigo foram os avanços nos serviços de comunicações e espionagem. A internet e os rastreamentos telefônicos, tecnologias usadas hoje, são resultados da guerra fria.

A Guerra das Coréias – A Coréia, ao fim da segunda guerra mundial é dividida em um acordo entre EUA e URSS, no entanto, os norte coreanos, socialistas fazem diversas tentativas de unificação. Existe a intervenção americana e o objetivo nunca é atingido. Até hoje as coréias coexistem em “cessar fogo”, ou seja, não há combates mas estes ainda estão em guerra declarada.

A Crise dos Mísseis – Em 1959, um golpe derruba o presidente fantoche, Fulgêncio Batista, de Cuba, sob comando dos empresários dos Estados Unidos, e coloca no poder Fidel Castro, aos poucos, este presidente vai aderindo as perspectivas comunistas, até que incentivado pela URSS declara Cuba um Estado socialista.
1962 foi o ano em que uma guerra de fato esteve mais próxima. Mísseis americanos estavam instalados na Turquia, e mísseis da URSS estavam sendo enviados a Cuba. O mundo viveu um momento tenso. A crise dos mísseis foi resolvida diplomaticamente com a retirada dos mísseis da Turquia, o não desembarque dos mísseis em Cuba e a segurança de que Fidel Castro não seria derrubado por uma ofensiva americana.

Guerra do Vietnã – O Vietnã a muito custo, conquistou sua liberdade expulsando os franceses, no entanto, os líderes do norte eram adeptos ao socialismo, enquanto no sul havia um impasse, existiam partidos de ideologias capitalistas e socialistas, os capitalistas proíbem um plebiscito para a decisão do regime do país e uma guerra estoura. Para impedir que mais um país se torne socialista, os EUA intervêm em favor dos líderes capitalistas em 1965, e o Vietnã vive mais 10 anos de guerra. Os EUA após grandes movimentações contra a guerra em seu território, e a morte de milhares de soldados retira-se sem concluir seu objetivo e em 1975 o Vietnã é unificado em regime socialista.

Guerra do Afeganistão – Os afegãos estavam em conflito entre dois governos, o primeiro de ideologia socialista e o segundo de ideologia islâmica. A URSS envia armas, equipamentos bélicos e soldados para os socialistas que se estabelecem no Afeganistão. No entanto, o mundo não olha esta atitude com bons olhos e os islâmicos recebem apoio dos Americanos e diversos países muçulmanos, expulsando por fim os soldados da URSS.

A fragmentação da URSS e a queda do muro de Berlim

A URSS entra em colapso lentamente. Em uma economia socialista é o Estado que repassa as verbas definindo a sua utilização. Como houve grandes gastos em produção de armamentos e tecnologias militares não sobrava verbas para os bens de consumo. Em outras palavras, sobravam bombas e faltavam sabonetes. O povo estava descontente e sua indignação era recebida com repressões, torturas, mortes e sumiços, o que gerava uma maior indignação popular. Após diversos presidentes do partido bolchevique praticantes de métodos repressivos, assume na união soviética o presidente Gorbatchov que propõe mudanças. Relaxa o controle sobre a URSS, havendo portanto maior liberdade de expressão em seu período de governo suas reformas são conhecidas como Perestroika (restauração) e Glasnost (transparência). Em seu período de governo ocorre a separação da URSS, a queda do muro de Berlin em 1989 e declaradamente o fim da guerra fria e ideológica.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aula 17 - A Segunda Guerra Mundial, e a divisão ideológica mundial – Mundo Bipolar

A Segunda Guerra Mundial

A segunda guerra mundial teve início quando o ideal totalitarista germânico, em função de uma mescla perfeita entre o sentimento de nação e o Estado em torno de uma raça dita superior atingiu os limites territoriais da Alemanha e da Áustria, tendo então que extravasar os limites territoriais.
A segunda guerra mundial é como um segundo tempo da primeira guerra mundial, o revanchismo resultante da perda de territórios da Alemanha na primeira direciona os ataques a Polônia e a França. O eixo, composto principalmente pela Alemanha, Japão e Itália, manteve sua ofensiva conquistando a França, o norte da África e todo o leste Europeu, deixando a Espanha e Portugal que também possuíam líderes de mesma ideologia totalitária em paz. Este avanço em duas frentes deixou o império vulnerável, a quebra do acordo da não agressão contra a Rússia foi fatal, por um lado o eixo era atacado pelos aliados como Brasil, Inglatera, Estados Unidos, pelo outro era atacado pela Rússia. Não podendo conter o avanço dos aliados, o eixo sucumbe.
Marcada por monstruosidades e por avanços tecnológicos, foi fundamental para a elaboração de teorias humanas e avanços na medicina.

Mundo Bipolar

O eixo sucumbiu atacado não só por diferentes lados, mas também por representantes de ideologias conflitantes. Com o termino da segunda guerra mundial, a Europa estava destruída pela segunda vez. Os Estados Unidos financiou a reconstrução de todo o oeste da Europa, garantindo assim que estes países se mantivessem fiéis ao modo de produção e à ideologia capitalista. Já a Rússia, anexou os países do leste europeu na chamada União Soviética. A Alemanha ficou divida ao meio, na cidade de Berlim.
Plano Marshall – Foi um plano de assistência econômica desenvolvido pelo americano Georges Marshall, o plano consistia em financiamentos para reconstrução dos países capitalistas europeus.
COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua) – Foi um plano de assistência econômica desenvolvido pela e para os países da URSS (União Soviética), consistia não só em ajuda financeira, mas também em especializações de produção e troca de mercadorias.
Esta divisão da Europa assustou ao mundo, todos teriam que se posicionar, definindo-se capitalistas ou socialistas, ninguém pode relaxar nas próximas 4 décadas após a segunda guerra mundial, o mundo conheceu a guerra fria.
O mundo passou a conhecer ligas armamentistas representando as divergentes linhas políticas:
OTAN – Realizado entre os países capitalistas, todos garantiam a segurança de cada um contra a ameaça comunista.
Pacto de Varsóvia – Realizado entre os países socialistas, a URSS se defenderia militarmente como um todo.

Guerra Fria

Período conturbado. Tanto a URSS quanto os EUA enviam apoio financeiro, bélico ou até apoio militar em diversos conflitos ao redor do mundo. Os dois países não se encontram diretamente, mas suas ideologias estão sempre presentes nos conflitos ao redor do mundo. Em alguns momentos o mundo prendeu a respiração, pois a guerra fria a qualquer momento ameaçava se tornar uma guerra de fato.
A guerra fria atingiu as esferas militar, científica e ideológica.
Dentre os principais eventos da guerra fria podemos citar:
Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã, Guerra do Afeganistão, Corrida Armamentista, Corrida Espacial, Crise dos Mísseis

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aula 16 - Totalitarismo, Socialismo e Capitalismo

Totalitarismo

Para utilizar uma definição utilizada por Benito Mussolini, líder da Itália totalitária, “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.
O totalitarismo surge quando o Estado, utilizando de propagandas, de discursos e de obras populares, mescla o sentimento nacional com o amor ao Estado. O grande aumento do sentimento patriótico torna os cidadãos mais suscetíveis às medidas tomadas pelo Estado e os líderes de Estado, com isso, vão gradualmente conquistando mais força para o Estado, tornado este inquestionável.
Um Estado totalitário tem a característica de poder contar com o apoio popular mesmo em suas atitudes anti-democráticas. Outra de suas características é o sentimento de superioridade e xenofobismo, que podem ser usados para validar expansões territoriais. O Totalitarismo pode ser tanto atrelado ao Capitalismo quanto ao Socialismo

Socialismo

Com a industrialização, a sociedade capitalista começou a predominar, não como uma ideologia, e sim como uma estrutura. Começa-se então a elaborar uma ideologia que tornaria a relação entre os homens mais pessoal, sem nenhum homem se sobrepondo ao outro, seja por poder político ou por poder econômico.
Para simplificar, podemos dizer que, de modo geral, o socialismo é a ideologia que almeja uma sociedade sem diferentes classes políticas ou sociais, uma sociedade igualitária e comum.
Existem diversas vertentes socialistas, todas elas diferindo entre si no que diz respeito aos métodos de implementação desta ideologia na sociedade. Podemos citar o Socialismo Utópico, o Socialismo Marxista e o Anarquismo como diferentes vertentes do socialismo.

Capitalismo

O capitalismo já existia como estrutura social, já era um sistema aplicado quando Adam Smith, Karl Marx e outros, escreveram sobre tal sistema, definindo, portanto, uma maneira capitalista de pensamento. Tornando a prática também em um sistema ideológico.
A ideologia capitalista é a ideologia de consumo, incentiva-se o individualismo, a competição e o mérito pessoal.
Como ideologia subseqüente ao capitalismo, podemos citar o liberalismo.
Liberalismo – A ideologia liberal prega a não interferência do estado na sociedade por meio da coerção, ou seja, pela violência, pois uma mão invisível guiada pela necessidade mercadológica regularia automaticamente a sociedade. O principal foco do liberalismo é a liberdade individual, econômica, política e religiosa.

PS- Blog quase em dia, em breve poderei iniciar as complementações. Salam. 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aula 15 – Revolução Industrial, Capitalismo, Neocolonialismo e 1ª Guerra Mundial.

A revolução industrial

A revolução industrial foi um processo que transformou as relações entre o homem e seu trabalho. Com a invenção e difusão das maquinas, o homem deixa de ganhar por unidade de sua produção e passa a receber do proprietário da maquina um salário por sua jornada de trabalho. Neste momento o mundo sofre uma grande transformação, o mercantilismo é substituído pelo capitalismo.

Capitalismo

O capitalismo é o sistema vigente até hoje, mesmo tendo passado por diversas transformações.
No capitalismo o trabalho deixa de estar vinculado com a produção para passar a vincular-se com o tempo. Ganha-se com o tempo de trabalho, surgem expressões como a famosa “O tempo é dinheiro”. Todo homem passa a ser um consumidor em potencial, a escravidão se torna ultrapassada, é preciso que o trabalhador receba um salário para que ele possa consumir e a industria possa produzir mais. Com o aumento da produção, precisa-se de mais matéria-prima e de cada vez mais consumidores, o mundo passa a ser enxergado de outra maneira.

Neocolonialismo

Os países do oeste europeu que foram os primeiros a se industrializar e a viver sob o sistema do capital, deixaram de possuir matéria-prima suficiente para alimentar suas indústrias, tornou-se necessário, portanto, que se buscasse esta matéria-prima em outros locais, falamos então de um neocolonialismo, a Ásia e a África passam a sofrer incursões européias, essas incursões visam anexar seus territórios e tornar os povos fornecedores de matéria-prima e compradores de produtos industrializados, o mundo começa a se “ocidentalizar”.
Estes países do oeste europeu iniciam então uma competição, uma corrida em busca de mercado e matéria-prima. O incentivo desta corrida passa a ser o nacionalismo, cada Estado-nação julga seu povo melhor que os demais. Este sentimento de superioridade resulta em uma guerra.

1ª Guerra Mundial – um resumo

Esta competição entre os Estados deixa a Europa em uma situação muito tensa. Todos os países pensam que podem ser atacados pelos demais a qualquer momento. Começam a investir em militarismos, o clima tenso ressuscita magoas passadas, revanchismos. Todos esperam um motivo qualquer que valide uma guerra. O motivo vem quando um nobre austro-húngaro é assassinado em Sarajevo.
A tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro, Bulgária, Italia e Império Turco-Otomano entra em guerra contra A tríplice Entente: França, Inglaterra, Estados Unidos, Império Russo, Portugal e Sérvia. A Italia se junta a Entente em 1915.
A Aliança vence, ganhando assim o domínio sobre as novas colônias, bem como novos territórios na própria Europa e o domínio de mercado.

PS- Mais uma vez, esta aula é apenas um resumo e será complementada. Salam.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aula 14 - Nação e Estado

Um brevíssimo resumo histórico:

Um grande período da história européia é marcado por disputas territoriais, o que tornava as fronteiras européias instáveis. Após a queda do império romano, grupos bárbaros consolidaram-se formando as monarquias feudais, em uma monarquia feudal as terras nunca são do povo, estão sempre vinculadas ao Rei que as distribui entre seus nobres, a sucessão ocasionada por falecimento ocorre hereditariamente. Com o tempo as sucessões começam a criar uma grande confusão. Por grau de parentesco, pode ocorrer de, a mesma terra, ser legitimamente de dois herdeiros diferentes (vide guerra dos cem anos), pode acontecer também de o rei de uma terra ser conde de outra, e assim por diante, dificilmente um sentimento de nação poderia surgir neste meio.
As coisas começam a mudar com a criação das monarquias absolutistas, que começam a tomar força no final do século XV, tornando-se comuns no século XVII, com o poder concentrado na mão de um único, os territórios tornam-se melhor delimitados, e o povo começa a saber quem exatamente é o seu rei. Este é o embrião de um sentimento nacional, primeiramente vinculado à figura do rei.

Nação:

Nação é um conceito subjetivo. Comumente, para que seja mais facilmente compreendido, é explicado como um determinado povo que compartilha costumes, língua e cultura. No entanto, o conceito, quando visto de maneira mais aprofundada mostra-se muito mais complexo que isto. Nação é um sentimento. Pode-se definir como uma nação um grupo que não só possui muitas coisas em comum, mas um grupo onde estas coisas em comum são o suficiente para cada indivíduo sentir afeto por todos os outros que partilham destas coisas, tornando-se espontaneamente um grupo coeso.

Estado:

O que é um Estado? É um conceito com uma definição bem mais fechada do que o conceito de nação. Um Estado é um território regido por um mesmo conjunto de leis, sujeito à mesma admnistração.

Temas para discussão: 

Existe Nação sem Estado?
Existe Estado sem Nação?

PS- Como acontecerá com as aulas anteriores, esta aula é apenas um resumo e assim que o Blog estiver andando de acordo com a matéria, estas aulas serão aprimoradas e complementadas. Aberto a dicas e sugestões. Salam