terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aula 31 - Guerra ao Terror

Guerra ao Terror:

Este termo caracteriza as medidas tomadas pelos Estados Unidos no Oriente Médio, caracterizada pelo combate àqueles que ameaçam a segurança mundial. Este termo é utilizado em todas as ocupações subseqüente ao ataque às torres gêmeas no dia 11 de setembro de 2001.

Primeiras Investidas:

As primeiras presenças militares americanas em contendas ocorridas no Oriente Médio foram: a guerra Irã-Iraque; e a Guerra do Golfo, a primeira na década de 80 e a segunda na década de 90, mas estas ainda são consideradas “guerras contra o terror”, estas só começam quando os Estados Unidos sofrem a primeira investida externa desde a guerra de independência de 1783.
Guerra Irã-Iraque: 1980 a 1988, uma contenda territorial entre o Irã e o Iraque envolvendo uma região fronteiriça chamada Shatt-al-arab, território considerado uma fonte de petróleo, nesta guerra o ditador Saddam Hussein do Iraque conquistou o apoio de americanos e russos, entretanto, após oito anos de confronto não houve alteração de fronteiras.
Guerra do Golfo: 1990 a 1991, outro conflito territorial, desta vez do Iraque contra o Kuwait. O Iraque retoma antigas contendas contra este país por acusá-lo de ter baixado os preços do petróleo. O Iraque anexa o território do Kuwait como província, este fato desperta a atenção internacional, principalmente por ter sido um ato condenado pela ONU. Após a falha de todas as tentativas diplomáticas é organizada a operação Tempestade no Deserto, onde as tropas americanas apoiadas por tropas de países como a Arábia Saudita e Egito, a guerra durou apenas alguns dias do mês de fevereiro de 91, e teve pouquíssimas baixas das tropas lideradas pelos EUA (cerca de 1000).

11 de Setembro de 2001

Ataque ao World Trade Center
Esta data é marcada pelo ataque ao World Trade Center, em Nova York, coração dos Estados Unidos.
O fato: Quatro aviões comerciais foram seqüestrados, um rumou e atingiu ao prédio do Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos), outro caiu na Pensilvânia, acredita-se que o alvo seria a Casa Branca, e outros dois atingiram com sucesso o World Trade Center, maior prédio comercial do mundo. O grupo Afegão Al-Qaeda, liderado por Bin Laden, assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Teoria mais aceita: A teoria mais aceita para o fato é de que realmente os aviões tenham sido seqüestrados por Afegãos do grupo terrorista Al-Qaeda dito um grupo “fundamentalista islâmico”. Os aviões teriam sido seqüestrados com canivetes e apenas em um os passageiros reagiram, o impacto dos aviões teria sido o causador do desabamento do prédio
Teoria alternativa: É comum encontrarmos versões que dizem que o atentado teria sido forjado pelas próprias vítimas, baseados no fato da impossibilidade de se seqüestrar aviões com canivetes, na impossibilidade de pequenos aviões terem abalado a estrutura de prédios tão resistentes (o prédio teria sido implodido), e no fato de a família Laden ter bom relacionamento com o ex-presidente Bush, dos Estados Unidos.

O importante é que não importa qual versão seja a verdadeira, este ataque desencadeou as constantes investidas dos Estados Unidos ao Oriente Médio, da qual trataremos agora:

Guerra ao Afeganistão, 2001 – atual:

Liberdade?
Com o objetivo de encontrar Osama Bin Laden e destruir o grupo terrorista Al-Qaeda, em outubro de 2001, um mês após os atentados e sem a autorização da Organização das Nações Unidas. Diferentemente do esperado, as tropas americanas ao invés de iniciarem a busca a Al-Qaeda, viraram-se contra o regime político afegão, o talibã, grupo que havia permitido a entrada das tropas no país. Bush defendeu sua atitude dizendo que não distinção entre terroristas e os países que os abrigam.
Hoje, 10 anos após o início da guerra contra o Afeganistão ela continua. Revoltas populares, revoltas para-militares impedem a “pacificação” do país por tropas americanas e de diversos países europeus. Esta guerra prolongada facilitou o aumento da criminalidade e da entrada de drogas no país, que atualmente sucumbe à utilização de drogas.

Guerra ao Iraque, 2003 – 2010:

Guerra?
Uma guerra muito delicada de se trabalhar. O Iraque foi ocupado pelos Estados Unidos em 2003, pois, segundo os invasores, o Iraque teria ligações com o grupo Al-Qaeda, além de ser produtor de armas químicas de destruição em massa. O objetivo principal tornou-se a busca pelo ditador Saddam Hussein, que foi realizada em dezembro do mesmo ano. Um novo governo foi estabelecido, mas não foi aceito pela população, assim como no Afeganistão, as tropas americanas não respeitaram os cidadãos do Iraque, que em primeiro momento mostraram-se indiferentes a queda do líder, após a prolongada penúria e desrespeito encararam os invasores como inimigos de fato. A morte de civis foi enorme. Governos provisórios foram estabelecidos, no entanto, sem sucesso. Após inúmeros reforços, em 2007 os Estados Unidos resolve mudar a tática e estabelecer uma desocupação planejada, aos poucos as tropas foram se retirando até que neste ano, 2010 o Iraque, instável, livre de forças externas a sua República Parlamentar, com o mesmo governo estabelecido em 2005.

IMPORTANTE: Como você pode observar, este blog não tende a recorrer à cenas apelativas, ao digitar os termos "guerra" "iraque" "afeganistão" ou mesmo "world trade center" você poderá encontrar diversas cenas com mortos, crianças, amputados e outras coisas as quais sabemos que existem, no entanto, não precisamos recorrer ao ato macabro de divulgá-las.
É importante também ressaltar que o autor deste blog não apoia e nem aceita como válida qualquer intervenção militar internacional, cada povo é capaz de lutar pelos seus direitos e pelo regime que deseja aplicar em seu país. Sou contra as invasões dos Estados Unidos, sou contra ao domínio russo à Chechênia,  sou contra o domínio chinês ao Tibete, sou contra a ocupação israelense à Palestina , ao domínio indiano à  Caxemrira e finalmente, sou contra a ocupação brasileira ao Haiti.

E mais uma vez, SALAM, PAZ!

2 comentários:

Carola disse...

É sensei, acho que fez um bom apanhado aqui.

E a guerra do Afeganistão continua... O que é bastante vergonhoso aos demais (embora já tenha caído na banalidade - mesmo com os esforços de alguns críticos a respeito do assunto), importante pra aqueles que acreditam na "boa ação" estadunidense e terrível para o povo da região envolvida.

Sua crítica foi sutil. Mas eu gosto dela assim, ainda mais quando se trata de aula e nem sempre o receptor tem condições de manter o debate.

Joaquim disse...

Muito bom, cara!
Vou tratar deste tema num 3o colegial ainda neste bimestre, e já sei onde virei quando for montar a aula!
hehe

Abraços, rappa!