terça-feira, 29 de junho de 2010

Aula 13 – Modos de Produção

As diferentes formas de organização da sociedade:

O desenvolvimento das sociedades não se de maneira linear, mas sim de acordo com as especificidades de cada grupo social, especificidades essas que podem envolver: clima; vegetação; relevo; hidrografia; hostilidade ou passividade das sociedades vizinhas. Veremos também que, estas diferentes formas de sociedade influem na maneira como estas interagem com a natureza, e inclusive, no seu sistema de produção e consumo.
Vale lembrar que das organizações apresentadas, algumas ainda existem e isso nada tem a ver com capacidade mental ou evolução, mas apenas a um ritmo e necessidade de desenvolvimento.

Sociedades Primitivas

Tribos Nômades – Sociedade onde os viventes não concebem a “terra” como propriedade, e se deslocam de acordo com a necessidade, ou seja, de acordo com a busca por alimentação. Não concebem o trabalho como uma atividade a longo prazo mas como uma satisfação do hoje. São essencialmente caçadores e coletores.

Tribos Sedentárias – Sociedade onde os viventes, apesar de possuir uma organização simples, possuem o domínio sobre a agricultura e, em alguns casos, domesticam animais. A terra é propriedade do grupo e o trabalho é comunitário podendo ser divido em tarefas.

Sociedades Hidraulicas

Receberam este nome pela excelência que atingiram no que concerne à utilização das águas para o desenvolvimento da agricultura. Este sistema foi um sistema vigente na África e principalmente na Ásia.
As terras pertencem a um “Estado” governado por homens que são concebidos como Deuses, os camponeses cultivam esta terra e retiram o necessário, o excedente é entregue aos representantes deste Estado. No período entressafras os camponeses dedicam-se a construção de monumentos aos Deuses que os governam. Este trabalho exercido pelos camponeses que é voluntário no limiar do obrigatório é conhecido como “trabalho compulsório”
Modo de produção Asiático é o nome dado a este sistema de trabalho que utiliza do trabalho compulsório de camponeses.

Sociedades Escravistas Antigas

Estas sociedades possuem uma organização social bem definida, os homens, considerados cidadão, dedicam-se ao treinamento militar. Esta excelência militar os move à guerras contra outras civilizações. Homens capturados nessas guerras são levados como escravos para a cidade, sendo ele o principal produtor dos gêneros necessários para a sobrevivência da cidade, e para o comércio.
Nesta sociedade, o escravo não deixa de ser considerado homem, é apenas um homem sem liberdade, não é uma coisa e sim uma ferramenta do Estado.

Sociedades Feudais

A sociedade feudal pode ser entendida como um acordo entre três grupos diferentes de pessoas. Os nobres, aqueles que possuem o domínio das armas; o clero, aqueles que cumprem o papel da sociedade para com Deus, evitando catástrofes, e os camponeses, responsáveis pelo trabalho braçal, pela produção de bens para si e para estes outros grupos.
Os nobres protegem todos de outros homens vindos de outras sociedades, o clero protege todos da ira de Deus e os camponeses alimentam e fornecem matéria prima a todos.

Sociedades Mercantis

Sociedades mercantis são uma forma mais complexa de sociedade, essas sociedades são marcadas pelo amadurecimento da noção de “propriedade privada”, ou seja, é realizada uma separação do que é do indivíduo e o que é da sociedade. Esta sociedade é marcada pela produção e consumo, algumas sociedades podem se especializar na produção de um gênero específico na certeza de poder negociá-lo por outros necessários com outras sociedades. É nessa sociedade mercantil que surge o escravismo moderno.
Escravismo Moderno: foi o tipo de escravidão que existiu no Brasil, ela se difere do escravismo antigo principalmente pelo fato de que este escravismo é um escravismo étnico, onde determinada etnia não considerada humana é utilizada como coisa, funcionando como propriedade privada e até mesmo moeda de troca.

PS- Esta aula é apenas um esboço da apresentação oral, ela também será complementada em breve. Salam.

Um comentário:

Ângela Maria de Oliveira Lignani disse...

Muito bom o seu blog e suas contribuições para a educaçao.
Ângela Lignani